O portal NZHerald publicou nesta sexta-feira, 14, uma matéria contendo as últimas atualizações das autoridades sobre uma possível reabertura das fronteiras da Nova Zelândia.
Hoje, o país só recebe visitantes vindos da Austrália e cada caso é um caso. Até então, não tivemos aumento de casos por conta desse afrouxamento.
Assim como a Nova Zelândia, a Austrália contém a pandemia do novo coronavírus com políticas públicas ágeis e inteligentes, e há dias não registra mortes.
Mas alguns países como Brasil e Índia, são considerados de alto risco para o contágio de Covid-19 por seus altos índices de contaminação.
Preparamos um resumo das estratégias que podem ser adotadas pelo governo para uma possível reabertura das fronteiras da Nova Zelândia. Confira!
Reabertura das fronteiras antes do fim do ano
O programa de vacinação na Nova Zelândia tem prazo para terminar até o fim deste ano.
Todas as pessoas que estão em território kiwi serão vacinadas. Até mesmo os tido ilegais – pessoas cujo visto está vencido.
A vacina aplicada é da Pfizer (Biontech), que tem 97% de eficácia para evitar casos sintomáticos de Covid-19 e 86% para assintomáticos.
O diretor-geral de saúde, Dr. Ashley Bloomfield, considerou uma reabertura das fronteiras ainda antes do término da campanha de vacinação. Porém, só serão permitidos visitantes já vacinados em seus respectivos países de origem.
Já a primeira-ministra, Jacinda Ardern, em seu discurso pré-orçamento em Auckland, na quarta-feira (12), disse que essa possibilidade pode ser pensada após verificada a eficácia da vacina na contenção da transmissão de Covid-19.
E mesmo que a intenção seja de permitir somente a entrada de pessoas vacinadas, o país inteiro teria que viver o nível 2.5 de alerta.
“Embora eu não possa lhe dar respostas definitivas sobre onde esse trabalho vai cair, posso dizer que vamos manter a mente aberta, ouvir a ciência e nos preparar para a gama de diferentes oportunidades que podem surgir”, disse Ardern.
Intenção da reabertura
Se as estratégias que serão pensadas daqui para frente se concretizarem, a reabertura poderá proporcionar o boom financeiro que as operadoras de turismo de Kiwis precisam.
Antes da Covid, o setor valia US$ 40,9 bilhões (aproximadamente NZ$ 56,9 bilhões) para a economia.
Esse dinheiro faz falta aos cofres públicos, mas eles ainda ainda se mantém intactos – vide o aumento do salário mínimo de NZ$ 18,90 para NZ$ 20.
Profissionais alertam perigo
Na matéria do NZHerald, é citada a fala do imunologista da Universidade de Otago, professor associado James Ussher, sobre os perigos de uma ação de reabertura das fronteiras da Nova Zelândia antes da conclusão da campanha de vacinação.
“Assim que abrirmos as fronteiras, mesmo que seja apenas para pessoas vacinadas, o vírus entra. Se tivermos uma porção significativa de pessoas não vacinadas, há um risco de transmissão significativa na comunidade, o que exigirá intervenções de saúde pública”, disse ele.
E o Dr. Ashley Bloomfield tem considerado esse cenário como o mais correto.
E embora pense em estratégias para a reabertura das fronteiras, não tem dúvidas de que a vacinação é importante para conter possíveis níveis de contágio.
“Não há dúvida de que ter o máximo possível da população vacinada é a chave para podermos abrir a fronteira”, disse ele.
“Acredito fortemente que – mesmo junto com a vacinação – podemos muito bem precisar elevar nosso nível básico de comportamentos de proteção à saúde pública como parte de nossa mudança para nos abrir a um grupo mais amplo de países de baixo risco – quanto mais além disso.
Políticas públicas que funcionam
Considerando o sucesso do combate à pandemia causada pelo novo coronavírus, não é impossível imaginar um cenário de reabertura das fronteiras na Nova Zelândia.
A gente sabe que a ótima gestão da primeira-ministra Jacinda Ardern é capaz de prever possíveis danos e planejar uma estratégia eficaz para essa grandiosa ação.
O que nos resta é torcer para que as coisas possam ir voltando aos eixos e, como sempre, manter os cuidados necessários.